Domingo, Dezembro 23, 2007

Solidariedade
Dar as mãos e sermos solidários é motivo para um post. O mais importante, diria eu, desde que este blog nasceu para a vida. Qualquer drama não é suficientemente mau até ao dia em que nos chega por perto. E a vida dos outros ganha sempre maior dimensão quando se cruza com a nossa. Foi isso que aconteceu connosco (Rodrigo Cabrita & Rita Carvalho) quando conhecemos a família da Teresa. Conhecemo-la numa reportagem sobre o banco alimentar e ficámos sensibilizados para a sua situação. Teresa têm cinco filhos e é divorciada de alguém que podia fazer mais e não faz. As dificuldades estão lá e são reais. Hoje conseguimos entregar a ceia para a consoada, bem como bens alimentares, vestuário e muitas prendas. O sorriso de Teresa e dos cinco filhos fez-nos acreditar que é possível fazer mais. Por isso aqui estou neste nobre espaço a pedir a vossa ajuda. A história é longa e difícil de escrever na íntrega para este post. Seriam muitos caracteres. No entanto, abrimos uma conta de ajuda a Teresa com o NIB: 0033.0000.4534.6924791.05 porque o tecto que ainda os abriga tem os dias contados, a dívida no banco acumula-se e a penhora que já incide sobre a casa aproxima-se. A ajuda de cada um dos leitores do Photo-a-Trois, grande ou pequena, fará diferença. No entanto, há outras formas de ajudar. Quem estiver interessado em fazê-lo, contacte-me via email para rodrigocabrita@hotmail.com. Vejam este post e passem a mensagem. Divulguem-no nos vossos blogs e falem com os vossos amigos. Depois os amigos que falem com os amigos dos amigos e por aí fora. Poderemos ter mais pessoas nesta cadeia de solidariedade? A bola está do vosso lado...Por mim, só tenho um desejo já autorizado pela Teresa. Se o barco chegar a bom porto, farei o respectivo post com uma das fotos mais importantes da minha vida. O sorriso de Teresa e dos cinco filhos aqui no meu blog...Posso contar convosco?

Por Rodrigo Cabrita no http://photo-a-trois.blogspot.com/

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Não custa nada ajudar e podem crer que aqui com pouco se pode fazer muito..bom ano a todos ( Zeka Talbot)

O amor é uma lâmpada.

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Peru que dorme, recheio que nasce.

Viva o Natal e o Rudolfo, a mais estúpida

das Renas do Senhor das barbas

Se eu varro e tu carregas

Não posso esfregar e tu furar

Logo tu martelas e eu penduro.

Penso, logo subo.

Cheguei á lâmpada e queimei-me.

O chão é duro.

Já deu folhas e mais cores,

Já deu sombra e cheiro.

Já não dá....

O frio instala-se nos metros quadrados circundantes, de gotas quentes e duras que escorrem e contornam corpos e meios corpos que se contraem ao singelo e repentino toque e meio toque do quente sobre o frio.

Do lado de lá.
Serão duques ou uma rainha de copas?

Dar a mão.
É uma promessa, uma tentação.
É um conforto, uma ilusão.
És tu e eu, nós não.
É um desejo, uma confusão.
Dar a mão?
Porque não.

Sim senhor, sem pudor!

Full metal saw.

O sol arde, as cores crepitam.

Dia cinzento.
Da cor da cinza incolor.
Cinzenta cinza sem calor.

Vejo uma chama hesitante,
um sopro que baila de vermelho vibrante.
Quero dançar, arder, flutuar em calor,
até mais não ser do que cinza,
não cinzenta, mas daquela cor.

Ela desapareceu, sem um queixume,
sem me queimar, sem me dar lume.

E bebo um café frio,
neste dia cinzento.

Escrevo e apago.
Vejo luz e sombra.
Reescrevo e reapago.
Vejo brilho e cor.
Penso no que sinto e não escrevo e não apago.
Vejo, escondido atrás da lente.

...

A lua é azul.
E sorri.
Não brilha só.
Para mim.
É azul para mim.
Só.